Mia
Hall é uma jovem musicista com um futuro promissor pela frente. Aos 17 anos, a
garota e seu violoncelo estão prestes a ser aceitos pela famosa universidade
Julliard, tudo que uma violoncelista pode querer da vida, e é exatamente o que
Mia quer. Seria perfeito, não fosse o fato de que seu namorado Adam, um
rockeiro com sua banda em ascensão, não quer mudar para Nova York com ela.
Dividida entre seguir o seu sonho ou seguir o amor da sua vida, a garota tem o
seu futuro completamente mudado quando sofre um acidente de carro com os pais e
o irmão mais novo, deixando-a a beira da morte. No coma, Mia começa a relembrar o seu passado e a refletir sobre as decisões que precisarão ser tomadas no
futuro, se ela escolher ter um futuro.
Se
eu ficar _ adaptação do livro de mesmo título, escrito pela americana Gayle
Forman _ é o tipo de filme feito para induzir as pessoas a pensarem em suas
ações e decisões. Assim como “A culpa é das estrelas”, o longa gera no
espectador vários momentos de reflexão, identificados a partir da história da
jovem, seja a respeito das decisões tomadas por ela no passado _ mostrado em
flashbacks _ seja na espera das decisões que ela vai tomando a medida que o
filme se prolonga.
Em
contraponto a direção lenta, o filme tem dois grandes trunfos: seu elenco e sua
trilha sonora, ambos impecáveis. Chloe Grace Moretz que interpreta a
protagonista Mia, está como sempre além do esperado, mas seu par em cena Jamie
Blackley é quem se sobressai. Além de ser um ótimo ator, o jovem empresta a voz
ao personagem rockeiro, cantando algumas das músicas da banda fictícia Willamette
Stone. Destaque também para Mireille Enos e Joshua Leonard que interpretam os
pais de Mia, com atuações acima da média, que em certos momentos chegam a
roubar a cena dos verdadeiros protagonistas. Já com a trilha sonora, somos só
elogios. O longa passeia da música clássica até o rock, com canções originais
extremamente bem escritas e produzidas, e algumas versões tão boas quanto as
originais, caso de “Halo” da Beyoncé, que no filme é interpretada pela
norueguesa Ane Brun, numa das cenas mais belas.
Se
eu ficar pode ser classificado como um dramalhão. Não no sentido mais baixo da
palavra, mas na significância de que o filme, hora ou outra, vai conseguir
levar o espectador as lágrimas, objetivo mais do que claro. Dito isto, não
podemos deixar de destacar o esforço hollywoodiano para levar cada vez mais
adaptações as telonas. E disso, nós leitores, não temos do que reclamar.