Nos últimos
anos, livros distopicos têm agradado pessoas de todas as idades, vejamos os
casos de “divergente” da verônica Roth, e jogos vorazes da Suzanne collins, que
ganhou o mundo e a telinha dos cinemas. E claro que o livro “O doador”
(relançado recentemente pela editora arqueiro como “O doador de memórias”) da
Lois Lowry, não poderia deixar de ter sua adaptação também. Afinal, um livro
que ganhou obrigatoriedade nas escolas dos EUA, tinha que ser recriado nas “TVs
grandes” de todo mundo pelo simples motivo de (tantantantan): ter Coragem para
mostrar na cara dura a essência do ser humano, da nossa liberdade disfarçada e
do preço que teríamos que pagar para ter um mundo perfeito.
"As pessoas são egoístas. Quando as pessoas são livres para escolher.. elas fazem as escolhas erradas. Todas as vezes"
O Doador de Memórias tem como premissa um mundo ideal criado pelos anciões que excluíram
tudo aquilo que levaria ao conflito, desde emoções até as memórias. Assim,
esses criadores do mundo melhor excluíram o ódio, dor, inveja, medo para transformar
a sociedade mais igualitária. Dessa forma foram eliminadas as cores. Isso mesmo
minha gente, as cores das pessoas e das coisas, das paisagens foram retiradas
de cada pessoa porque não poderia haver diferenças, pois estas levariam a
conflitos, guerras, invejas, ressentimentos, e tudo que há de pior. Os anciões
também criaram regras para convivência que são bem conhecidas daqueles que
curtem ficção juvenil: obedecer a toque de recolher; não mentir; tomar a
injeção diária e etc.
O personagem
que nos guia nesse mundo é Jonas (Brenton
Thwaites), ele é o garoto escolhido para ser o receptor das memórias do doador
(Jeff bridges). O receptor é o único que sabe sobre toda a história da
humanidade e deve manter em sigilo, com exceção quando os anciões precisam de
orientação. E claro, ser receptor, é a função mais importante da comunidade e
por isso requer um treinamento pesado e doloroso.
Aos poucos,
juntamente com Jonas, entendemos como as coisas vão sendo esclarecidas. As
cores, por exemplo, começam a aparecer pelos olhos do nosso protagonista a cada
vez que ele aprende mais sobre o nosso passado, assim como, vai percebendo que
algumas coisas que foram aprendidas como certas, na verdade não é o que parece.
E eis que vem a grande questão, será que vale a pena sacrificar todo o passado
por um mundo melhor? Será que esse sacrifício realmente é bom para a maioria ou
apenas para a minoria?
Ao assistir
esse filme lembrei de imediato a música “imagine” dos
Beatles. Provavelmente a autora do livro deve ter se espelhado nesse mundo dos
Beatles para criar um mundo perfeito sem dor, sem religião, sem raça, sem cor e
até sem animais (pois é). E é essa a diferença em relação a todos os outros
filmes juvenis. Ele passa um teor filosófico para pensar que inevitavelmente em
tudo que o ser humano toca, destrói. Porém, ao viver sem certas coisas, como já
foram citadas, viveríamos em um lugar robotizado. E os personagens de Katie
Holmes e Alexander skarsgard, como pais de Jonas, demonstram muito bem o estilo
de vida dessas comunidades atuando de modo, muitas vezes, confundido com
atuação ruim.
Outros
personagens também são importantes na luta para combater o sistema oferecido
pelos anciões, como os amigos de Jonas, Asher (Cameron monaghan – ele é muito
fofo, assistam Academia de vampiros <3) e Fiona (Odeya Rush), a garota de
seus sonhos que às vezes me assustava com seus olhos (desculpe sociedade). E
claro, nossa queridíssima (pra mim e pra um ‘moi’ de gente) Meryl streep, sendo
aquela que luta para não deixar que o sistema caia (alguns chamam-a de vilã),
como sempre sendo perfeita.
O filme é
muito intenso e ao mesmo tempo tão simples tornando essa resenha uma das mais
difíceis de escrever, por tamanhos detalhes e emoções que senti. Ele não é perfeito, mas vale a pena. É uma historia
linda com uma fotografia linda, com elenco que amamos, com trilha sonora
maravilhosa e uma mensagem de abalar as estruturas. Então, assistam que vocês
não vão se arrepender.
P.S.: Taylor
swift fez uma pequena aparição no filme e me conquistou. É sério, ficou muito
bom.
P.S²:Jeff Bridges, o
mesmo que faz o papel do doador, foi quem produziu o filme e ele levou 10 anos
para que ele chegasse ás Tvs grandes do cinema ‘O’
P.S³:Phillip Noyce
é o diretor, e em seu currículo tem filmes como “o colecionador de ossos”
“salt” e até alguns episódios da série televisiva “revenge”
Oi Márcia!
ResponderExcluirLivros e filmes distópicos nos fazem pensar, por isso gosto tanto.
Estou louca para ver o filme O Doador de Memórias, parece ser ótimo!
Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros
Oi Sora *-*
ExcluirTambém gosto de distopia porque nunca nos deixa do mesmo jeito o/
Assista, você não vai se arrepender.
Obg pela visita :D'